Doenças cardíacas
O nosso coração é um dos órgãos indispensáveis à nossa sobrevivência, funcionando com base num sistema eléctrico que envia impulsos ao coração de modo a que ele contraia e distenda para realizar o bombeamento do sangue para todo o corpo. Porém, e cada vez mais, o sistema eléctrico de que o coração dispõe não funciona regularmente. Dessa irregularidade de funcionamento do sistema eléctrico, podem resultar vários problemas tais como bloqueios cardíacos, a doença Nódulo Sinusal ou insuficiências cardíacas, sendo estas as irregularidades cardíacas mais frequentes nos dias que decorrem.
O bloqueio cardíaco existe quando existe um impedimento da passagem de sinal eléctrico por parte da aurícula direita para os ventrículos, daqui resultando um batimento cardíaco mais lento. O bloqueio cardíaco pode ser classificado em dois tipos: completo e intermitente.
A Doença Nódulo Sinusal existe quando o sistema eléctrico do nosso coração não funciona de modo regular, gerando batimentos cardíacos irregulares.
A Insuficiência Cardíaca consiste na falta de capacidade por parte do coração para bombear o sangue para o organismo humano.

Pacemaker – um pouco de história
Foi com o objectivo de combater estas, que são as principais causas de implante de pacemaker, e outras anormalidades cardíacas que se criou um objecto semelhante a uma caixa, constituído por uma bateria e circuitos eléctricos denominado de Pacemaker. O primeiro Pacemaker foi criado em finais dos anos cinquenta, cuja bateria durava apenas um ano. Desde esse dia, o Pacemaker sofreu algumas transformações, tanto na sua estrutura como na duração da bateria, até chegar ao Pacemaker comum que conhecemos hoje em dia. Falaremos agora do seu implante e modo de funcionamento. Nas extremidades dos fios eléctricos contidos no Pacemaker, existem uns eléctrodos que são posicionados dentro coração através de vasos sanguíneos enquanto que a caixa é posicionada de baixo da pele, geralmente na parte superior do tórax e abaixo da clavícula. A função do Pacemaker é a de corrigir os batimentos irregulares do coração através de impulsos eléctricos, ajudando os músculos cardíacos a contrair e a distender de modo a bombear o sangue para todo o corpo.

Pacemaker com Wi-Fi
Falemos agora de uma inovação tecnológica relativamente recente denominada de Pacemaker com Wi-Fi (ver figura 12). A grande diferença entre esta tecnologia e o Pacemaker “tradicional” é o facto de esta tecnologia possuir Wi-Fi, o que permite ao médico monitorizar o ritmo cardíaco do paciente através da Internet, acabando com idas desnecessárias ao médico. Uma grande vantagem desta tecnologia em relação ào Pacemaker “tradicional” é o facto de o Pacemaker com Wi-Fi também possuir um mecanismo que alerta o médico a qualquer hora em caso de existirem anomalias a nível de batimentos cardíacos do paciente.
Apesar de ser um grande da tecnologia na saúde, este tipo de pacemaker ainda não é implantado em Portugal, sabendo-se apenas que se realizam implantes desta tecnologia apenas nos Estados Unidos.
Para a colocação do aparelho a pessoa precisa de realizar uma cirurgia e consequentemente terá de levar pontos cirúrgicos. No entanto, isso poderá vir apenas a ser um passado longínquo.